O Doce nome de Maria sempre em seus lábios

A Igreja venera na sua liturgia do dia 12 de setembro o Doce Nome de Maria. Dr. Plinio costumava lembrar com saudade e emoção as estrofes do hino que entoava com os Congregados Marianos, ao final dos Salmos do Nome de Maria:

“Si quaeris caelum, anima Mariae nomen invoca Mariam invocantibus Caelestis patet ianua”.

Se procuras o Céu, ó alma, invoca o nome de Maria; para os que invocam Maria, abre-se a porta do Céu.

Na verdade, o doce nome da Rainha jamais abandonou seus lábios. “Jesus” e “Maria” foram as duas primeiras palavras que aprendeu de Da. Lucilia, antes mesmo de saber falar “Papai” e “Mamãe”. Maria…. Ele pronunciava esse nome incontáveis vezes por dia: nos mistérios do Rosário, nos já mencionados salmos que começam com as letras desse celestial Nome, no Lembrai-vos, nas  jaculatórias… Quantas e quantas vezes o utilizava para ensinar a seus filhos espirituais a via de ouro que conduz ao Coração de Jesus, que é a devoção a Maria!

Na conclusão de sua momentosa Encíclica sobre o Rosário, João Paulo II cita o belo trecho do Bem aventurado Bartolo Longo: “E a última palavra dos nossos lábios há-de ser o vosso nome suave, ó  Rainha do Rosário de Pompéia, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó Soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na terra e no céu” (Rosarium  Virginis Mariae, n. 43)

Quatro dias antes de enaltecer o Nome de Maria, a Igreja celebra a Natividade da Santíssima Virgem. Que misericórdia para o mundo, seu nascimento! A esse respeito comentava Dr. Plinio: Nossa Senhora trazia consigo todas as riquezas naturais que dentro de uma mulher possam caber. Nosso Senhor deu a Ela, segundo a ordem da natureza, uma personalidade riquíssima, preciosíssima, valiosíssima. E a esse título, a presença d’Ela entre os homens representava um tesouro verdadeiramente incalculável!

A denúncia profética, publicada neste número, reproduz uma conferência de Dr. Plinio por ocasião de uma celebração da festa da Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro). A Cruz, que marcou  profundamente a vida de Nosso Senhor é o símbolo que distingue o cristão, é sua condecoração, seu prêmio e sua glória, e não algo do qual ele se envergonha ou do qual deva fugir…

No dia seguinte à festa da Exaltação da Santa Cruz, o calendário celebra Nossa Senhora das Dores. Os comentários de Dr. Plinio sobre essa data concluem o itinerário litúrgico de setembro que nos  propussemos nesta edição. A liturgia é o alimento dos fiéis, e nosso intuito é de fomentar, como de costume com textos plinianos, a atitude tão louvada pelos Papas, de viver as datas da Igreja como parte integrante de nossa vida.

Continuamos neste número a série de narrações auto-biográficas de Dr. Plinio relativas a sua infância e primeira juventude. No número de agosto, nos despedíramos dele numa praia de Santos, olhando o mar e pensando…

Sentado no extremo da amurada de pedras que penetrava mar adentro, em meio ao murmúrio incessante das ondas que a investiam e eram rechaçadas, o menino Plinio contemplava e meditava sobre as belezas da Criação e de seu autor, contrapondo-as aos erros e horrores de sua época. Encantava-se com a Igreja… e esse amor à esposa de Cristo lhe infundia luzes e critério para julgar todas as coisas com sabedoria. Ela era a sua bússola no mar tempestuoso do século XX.

Plinio Corrêa de Oliveira
Revista Dr Plinio 66 (Setembro de 2003)

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